segunda-feira, 28 de fevereiro de 2011

Olaria 1x1 Resende - Sorte do Olaria supera a superioridade técnica do Resende

O estádio estava vazio. Não havia pressão nas arquibancadas. Mas, do mesmo jeito, as duas equipes estavam nervosas.
O jogo começou sem muita emoção. O Resende e o Olaria se estudavam bastante.
Estava muito calor no Engenhão. Se estava por volta de 40 graus nas arquibancadas, no gramado devia estar muito mais, o que explica o fato dos times terem errado bastante.
A primeira boa chance só aconteceu aos 20 minutos, pouco antes do juiz Antonio Frederico de Carvalho Schneider, que não estava bem na partida, apitar a primeira parada técnica.
O lateral Wellington, do Resende, fez boa jogada, cortou para a esquerda e bateu com a perna canhota, que não é a boa. A bola saiu forte, bateu no goleiro Renan e explodiu na trave.
O jogador, por sinal, era o único que estava bem na partida.
O jogo estava ruim, mas o Resende criava as melhores chances.
Mas, aos 27, o Olaria começou a atacar e a partida melhorou um pouco. O azulão do Bariri fez uma boa jogada e a bola acabou saindo rasteira, no canto. Eduardo, goleiro do Resende, fez um milagre. Se esticou todo e conseguiu defender.
O Resende seguia melhor, mas não conseguia chegar com perigo no gol adversário.
O último lance da partida foi o melhor do jogo até então. Wellington dividiu com o goleiro Renan, ficou com a bola e bateu. Renan fez uma grande defesa. E no minuto seguinte, o juiz decretou fim de primeiro tempo.
As equipes estavam se estudando demais, com medo de atacar. Ousado, Wellington se destacava por causa disso.
No segundo tempo, Paulo Campos, treinador do Resende, e Cleimar Rocha, do Olaria, mexeram em suas equipes. E as modificações surtiram efeito.
O jogo melhorou muito. As duas equipes se abriram, a disputa se tornou franca. Mas o Resende seguia melhor.
Aos 21, Wellington fez uma ótima jogada na direita e cruzou. O capitão do Olaria Daví afastou.
Depois, mais mexidas na partida. E, dois minutos mais tarde, a rede balançou.
Aos 27, Elias, do Resende, cruzou, da direita. Marcel escorou de cabeça. A bola saiu fraca, defensável, mas Renan escorregou e levou o gol.
O Resende dominava o jogo. A defesa estava bem organizada, o goleiro Eduardo estava inspirado e os laterais Wellington e Kim deitavam e rolavam no ataque do Olaria. Calisto e Ivan, alas da equipe da Rua Bariri, marcavam mal e deixavam um corredor vazio nas laterais da grande área da equipe.
Mas, aos 29, saiu o empate. Um golaço. O jovem meia Renan Silva recebeu e fez fila. Driblou quatro jogadores para depois tocar para Felipe marcar. Resende 1x1 Olaria.
Depois do empate, os jogadores começaram a fazer corpo mole. Seria arriscado se expor. Por isso, queriam a disputa de penaltys. E foi isso que aconteceu.
No momento da disputa, foi colocado um vídeo institucional do Flamengo nos telões do estádio, com um barulho ensurdecedor.
- Isso é uma total falta de respeito - disse um torcedor, indignado.
O som deve ter desconcentrado os jogadores. O Resende havia perdido três penaltys e o Olaria, dois.
Era a quinta cobrança da equipe da Rua Bariri. Estava 2x1 para o azulão. Se Renato Valpaços marcasse, a disputa acabaria.
E acabou.
Olaria: bicampeão da Taça Washington Rodrigues.


Da esquerda para a direita: José Luiz Moreira, diretor da Brasport; Heitor Beline, presidente do Olaria; Washington Rodrigues, o Apolinho, jornalista homenageado; e o capitão da equipe, Daví, na entrega da taça

Postado por: Rafa Bala
@RafaaBala
rafa_bala@rocketmail.com

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