segunda-feira, 14 de fevereiro de 2011

Boavista 5x3 Nova Iguaçu: a insensatez do futebol

O jogo começou pegado. Aos poucos, os jogadores começaram a relaxar e a partida começou a fluir. Aos seis minutos, o Nova Iguaçu fez uma boa jogada. De cabeça, o atacante Maycon quase marcou. Gustavo, zagueiro do Boavista, salvou, em cima da linha.
Logo aos 9 minutos, o treinador da equipe de saquarema fez a primeira mudança do jogo: Joílson saiu para a entrada de Roberto Lopes.
O Boavista chegava com mais intensidade. Aos 19, quase marcou o primeiro, com um chute de fora da área de Julio Cesar, que passou rente a trave do Nova Iguaçu.
O forte calor no Laranjão fez com que o jogo, que começou veloz, diminuísse o ritmo. Dessa forma, a partida só voltou a ficar boa no final do primeiro tempo.
Aos 38, o Boavista teve a melhor chance até então: Max, jovem atacante revelado pelas categorias de base do clube, cabeceou na trave de Diogo Silva.
O Nova Iguaçu sentiu. Perdida em campo, a defesa apenas assistiu o show do verdão de Saquarema nos minutos finais da primeira etapa.
Aos 45, a bola foi alçada na área para Frontini. O centro-avante dividiu com os zagueiros iguaçuanos que, desastrados, espirraram a bola para Max, livre, só empurrar para dentro do gol e marcar o primeiro da partida.
No minuto seguinte, o segundo gol. Leandro Chaves acertou um bonito chute no canto direito, sem chances para o goleiro.
O Nova Iguaçu voltou com tudo para o segundo tempo, tornando o jogo pegado novamente. E foi apanhando da defesa do Boavista que conseguiu empatar o jogo.
Marquinhos, maestro da laranja mecânica da baixada, fez bonito gol de falta, aos dois minutos. E três minutos depois, em nova cobrança de falta do meia, o Nova Iguaçu chegou ao empate. Leonardo, de cabeça.
Agora, o jogo era outro. O Nova Iguaçu dominava. Aos 14, Marquinhos quase ampliou, de falta. A bola explodiu na trave. Mas aos 19, Max, em tarde inspirada, estragou a festa da equipe da Baixada Fluminense.
Após bom cruzamento de Tony, o menino cabeceou e recolocou o Boavista em vantagem. Porém, o resultado não era bom para a equipe. Se o Resende não perdesse para o Flamengo e o time não fizesse mais um gol, a classificação era do gigante do vale.
A situação estava tensa. O Resende tocava bola, o Flamengo jogava mal, o Nova Iguaçu se defendia e o Boavista pressionava. Eram quatro times ligados em dois jogos. Até que Deivid marcou para o Fla no Macaé.
A torcida do Boavista comemorou. Mas esse resultado não era o bastante. Era preciso mais um gol.
Aos 37, Erick Flores fez boa jogada, entrou na área e chutou forte. Gol.
Qualquer pessoa sensata diria que o jogo tinha acabado. Que o Boavista já tinha se classificado. Afinal, os dois jogos já estavam acabando. Mas o futebol não é sensato.
Com 44 minutos do segundo tempo, Maycon, do Nova Iguaçu, diminuiu. O atacante recebeu, chutou e estufou a rede, para a alegria de duas torcidas diferentes.
45 minutos no Laranjão; fim de jogo em Macaé. Boavista 4x3 Nova Iguaçu; Flamengo 1x0 Resende. O resultado classificava o lobo-guará. Restavam apenas os 4 minutos de acréscimo. O que poderia acontecer em quatro minutos?! Os jogadores, com bom senso, já estavam até comemorando. Mas o futebol não tem bom senso.
Aos 47 do segundo tempo, a estrela do garoto Max brilhou. O prata da casa guardou após um cruzamento de Erick Flores e assegurou a heróica e primeira classificação para uma semifinal de Taça Guanabara da história do Boavista Sport Club.

Melhor da partida: Max (Boavista)
Acredito que seja consenso de todos que viram o jogo que o melhor da partida foi Max. O menino brilhou, fez três gols e foi o herói da classificação do Boavista.

Postado por: Rafa Bala
@RafaaBala
rafa_bala@rocketmail.com

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